A última...
Hoje escrevo-te do lado da tua casa. Aqui sinto um misto de sentimentos como agonia, dor, escuridão, solidão, tristeza, amor, saudade, entre outros tantos que não consigo explicar, mas só sentir. Decidi que ia escrever nos meus últimos momentos esta quarta carta, sabendo que faltaria pouco para obter as respostas todas que necessitava.
Todos os dias eram uns novos dias e assim fui vivendo. Pensando e relembrando daquilo que me disseste em formato divino, vindo dos deuses em um sonho: "Olá meu amor, como vai ser hoje o nosso dia? Vamos até aquele parque que acabaram de construir e criar lá as nossas memorias? Hoje estás tão bem vestido... Como achas que estou vestida para o nosso jantar?" Lembro-me de não ter qualquer reação a não ser verter lagrima após lagrima por saber que não estas cá, mas mesmo assim pensando que me vinhas presentear como fazias cá neste mundo!
A loucura da minha vida foi desafiada dia após dia depois de entender que todos passamos cá na terra para alguma razão. Tentei-me apaixonar por alguém novamente, mas foi sem resultados positivos porque nunca consegui avançar, sentindo-te assim em todos os lados minha Margarida! A vida é comandada pelos deuses fui assim aprendendo!
Outra loucura da minha vida foi vivermos a nossa loucura! Foram os momentos em que mais fui feliz.
Enquanto escrevo estas minhas últimas palavras, derramo as minhas últimas lagrimas e sinto um sufoco e um pouco de um desaperto no coração. Sinto que agora tudo o que me falta de dizer posso dizer a tua beira sussurrando ao teu ouvido.
Minha querida Margarida todas estas cartas foram deixadas em cima da tua casa e todas vão comigo para te serem entregues em mão, sabendo assim que as vais ler e que me responderás a todas as minhas questões.
Nunca te esqueças que o meu amor por ti é mais forte do que outro qualquer sentimento na terra e no mundo! Nada é mais forte do que o nosso amor!
Até já minha pétala!