Entrevista a Bruno Massaroco

05-06-2020

A entrevista que se segue é sobre Bruno Massaroco, natural da Ilha de São Miguel, Açores. Uma pessoa com uma história incrivel e super inspiradora. Uma entrevista que deixa qualquer pessoa com o coração cheio. Aqui são falados temas como bullying, homossexualidade, meditação e entre outros tantos. 


1. Quem é o Bruno?

R: Alguém que busca todos os dias ser melhor do que ontem. Alguém que tem vindo a

questionar-se todos os dias. Esse mesmo alguém que sente intensamente. Um

sonhador. Que tem defeitos e qualidades como qualquer outrem.

2. Se pudesses, mudavas algo em ti?

R: Sim, mudava. Todos os dias, eu busco em ser melhor do que ontem.

3. Por teres medo, algum dos teus sonhos não foi realizado?

R: Alguns dos meus sonhos não foram realizados, não foi pelo medo, mas sim por outros

fatores ou porque não era o momento certo para acontecer.

4. Se tivesses que te caracterizar numa palavra qual seria? Porquê?

R: Eu, caracterizo-me como alguém muito sensível, sinto tudo de forma tão intensa.

5. Quando descobriste que eras homossexual?

R: Eu descobri que tinha uma orientação sexual diferente quando comecei a sentir-me atraído

por alguém do sexo masculino.

6. Ao ouvir o podcast da Inês Pinto em que participaste, falas-te no facto de te teres

assumido recentemente. Assumir-te ainda te faz alguma confusão?

R: Eu assumi a minha orientação sexual perante aos meus em 2017. Quanto à tua questão, não

faz-me qualquer confusão, porque trata-se da minha verdade, é o que realmente sou.

7. Qual foi a reação das pessoas á tua volta, quando souberam que eras homossexual?

R: A reação por parte dos meus, considero que tenha sido positivo. Face à reação dos

meus pais é que não foi de todo boa, porque sou filho único e idealizaram-me a ter

uma namorada, ter filhos, etc. Atualmente, aceitam-me tal como sou.

8. Queres deixar, algum conselho a alguém que neste momento está a começar a viver

neste "mundo"?

R: O conselho que posso dar a essas mesmas pessoas é que sejam sempre a vossa

verdade. Há momentos menos bons em que achamos que não tem fim, mas tudo

passa. Os verdadeiros vão estar lá, sempre.

9. Como foi a tua infância?

R: Sinceramente, recordo-me pouco da minha infância, o que eu sei é através de

fotografias dos álbuns e pelo que os meus pais, restantes familiares e conhecidos

contam-me. Através dessas mesmas fotografias e pelos relatos, considero que tenha

sido uma infância feliz.

10. O Bullying entrou na tua vida em que aspetos?

R: Há vários tipos de bullying, o bullying físico, verbal, cyberbullying, psicológico.

Infelizmente, já sofri de todos os que mencionei, principalmente, na minha

adolescência. Há marcas interiores que ficam. Para sempre.

11. Alguma vez pensas-te que eras forte o suficiente para dizer basta?

R: Sim, em algumas circunstâncias da minha vida já disse um "Basta!", foi muito

essencial, principalmente em situações que foram muito desgastantes para mim

psicologicamente.

12. Quando entrou na tua vida a meditação?

R: A meditação, surgiu na minha vida numa fase menos boa que eu atravessava e até

hoje, a meditação está presente na minha vida.

13. Praticas meditação com que regularidade?

R: Eu, vou ser te sincero, eu não pratico todos os dias.

14. Vês na meditação uma cura?

R: Eu, não considero que a meditação seja uma cura. Ao praticar a meditação faz-me

desacelerar a mente, descontando-me do exterior e conectando-me com o meu

interior, o meu EU.

15. Acreditas que existe um Bruno dentro de ti, diferente daquele do passado?

R: Sem dúvida, fisicamente e mentalmente.

16. Acreditas que é no passado que conseguimos construir quem somos agora no

presente, verdadeiramente?

R: O passado, foi essencial para eu ser a pessoa que sou no presente. Sou muito grato por

tudo o que já aconteceu-me. A todas as situações, às pessoas que fizeram parte da

minha vida, que tornaram-se grandes mestres, ensinando-me lições.

17. De todos os projetos que realizaste/participas-te até agora, qual te deu mais piada

de realizar/participar?

R: Todos os que já envolvi-me. Primeiramente, quando recebo qualquer convite para

contribuir/participar, pretendo saber em que consiste, explorar mais sobre o projeto e

se realmente identifico-me. Se sim, entrego-me totalmente.

18. Acreditas que vai ser fácil alcançar os objetivos que tens definidos?

R: Sou um ser humano muito sonhador, tenho muitos objetivos/sonhos definidos. Alguns

destes mesmos objetivos/sonhos são fáceis de alcançar e outros não de todo fáceis de

alcançar. Acredito que eu vá conseguir concretizar todos eles, no momento certo e

não pisando qualquer pessoa para os atingir.

19. De que forma vês o trabalho que tens desenvolvido?

R: Tem sido muito gratificante ler/ouvir o feedback de todos os projetos em que envolvi-

me, desde dos lives que fiz no instagram com convidados/as que inspiram-me ao

episódio podcast do projeto da Inês Marçal Pinto.

20. Neste momento quais são as tuas maiores ambições?

R: Pode parecer cliché, mas é ser feliz. Sempre.

21. Gostarias que o teu trabalho chegasse ao outro lado do mundo?

R: Sabes eu fico imensamente grato e contente se pelo menos os meus projetos inspirarem uma

pessoa.

22. Gostarias de trabalhar com alguém e ainda não tiveste oportunidade?

R: Sim, mas quero acreditar que vá surgir oportunidades para trabalhar com essas

mesmas pessoas com quem ainda não tinha o privilégio de trabalhar.

23. Qual será a primeira coisa que farás, quando acabar este confinamento?

R: Assim que acabou o confinamento obrigatório, eu fui ver o mar. Sentia tanta falta.

24. Ligas ao que as pessoas falam sobre ti?

R: Não vou negar, eu absorvo as opiniões dos outros quanto a mim.

25. Tens saudades de alguém?

R: Sim, com o tempo atenua.

26. Acreditas que agora és uma pessoa mais forte?

R: Eu, tenho vindo aperceber-me de que sou uma pessoa muito forte, face a todas as

situações que já ultrapassei.

27. Termino esta entrevista com uma pergunta/desafio das minhas cartas: "Vamos fazer

deste mundo um mundo melhor?"

R: Todos os dias, eu busco contribuir para um mundo melhor. Quero acreditar que cada

vez haja mais pessoas a consciencializarem dos seus atos.


Por fim, quero agradecer a ti, Rúben pelo facto de me convidares a integrar no teu projeto,

sendo um dos entrevistados, abordando determinados assuntos da minha vida. Que a

entrevista sirva de inspiração para todos os que vão ler.

Blog Rúben SIlva
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